domingo, outubro 28, 2007
Presença Cromática na Área
Com a votação concluída, chega ao 11 Cromos da Bola, SAD um reforço inestimável. Alves Nilo Fortes, que Vinha directamente da caixa 5, Sector 2 da Exponor para nos dar alegria. Alegria e uma presença na área. Um ariete que alegremente dirá "sim" aos cruzamentos caramelizados de
Martelinho e Formoso...desde que esteja na bancada para os receber, claro.
Alves Nilo derrotou copiosamente o carteiro sem GPS, Martin Pringle, e o repetitivo Missé-Missé, que se quedaram por rídiculos 2º e 3º postos, respectivamente.
De destacar ainda a luta que o panzer protégé de Sir Bobby, Quinzinho, deu a Jean-Jacques pelo desonroso e degradante 3º posto, bem como a ridícula prestação de quatro colossos da ineficácia e falta de jeito como Ronald Baroni, Bambo - o Rambo, Mame Mangane Birame e Hans Vimmo Eskilsson, o vocalista dos Europe.
A fronha que colocámos como background desta poll revelou-se premonitória, apresar de se levantarem vozes de protesto quanto a uma eventual tentativa de influenciar as almas votantes. Blasfémia, digo eu. Para além de morar perto da Exponor, não há nada que me faça preferir o Alves Nilo aos outros colossos. Nem uma eventual possibilidade de bilhete grátis para uma exposição porreira na Exponor (Vinha?Tás aí, pá?).
De futuro, iremos debruçar-nos sobre a eleição do companheiro de Alves Nilo, que Vinha para ser o ratinho de área, e sobre a substituição do guarda-redes Zé Miguel e defesa-direito Broas, devido ao facto das respectivas eleições terem sido alcançadas durante os passinhos de bebé deste blog, em que cada votação teria à volta de 30 elementos votantes. Depois daremos atenção ao incompleto banquillo, tal como ao patrocínio a escolher para o nosso impecável equipamento Lacatoni.
Um Ferbar fresquinho para todos vós. E bem-vinha, Vindo. Ah...bem-vindo, Vinha.
terça-feira, outubro 23, 2007
SIM SIM, ASSIM LIM
Nildo, Tarcísio, Possi, Carlos Coelho, Nené Santarém, Formoso, Tuck, Wilson, Lemos, Lila, Margarido e Vital.. estes nomes assim.. o que fazem lembrar? ..... tempo para responder... não me diga que não sabe mais do que um miúdo de 10 anoooooooooos?!!?
Claro, são os colegas de LIM no Gil Vicente, época 96-97. Época fatídica, já lá vão 11 anos! O Gil desceu, mesmo com estes brilhantes jogadores.
Eu se fosse relatador nessa época, na Rádio Galo de Barcelos, não parava de rir!
Vejam só: Vital, passa para Lila, Lila acelera no seu flanco, flecte para Tuck.. a bola sossega no médio, passa para Formoso, este de 1ª para Carlos Coelho, que desmarca Nené Santarém. Nené Santarém rodopia sobre um adversário e passa a Possi. Bem passada a Possi! Possi pode entrar na área, tem Nildo a pedir a bola e remaaaaaaaaaaaaaata! Ao poste.. E na recarga, surge LIM LIM LIM, vai remataaaaaaaaaaar.. e Goooooooooooooolo!!! LIM LIM LIM LIM ... (este som acompanhava com qualidade a música Jingle Bells).
Quem treinava o grande Gil ?? O bigode do Bernardino Pedroto.
O LIM era daqueles pontas de lança mortíferos fora da área.. dentro é que não.
Era a arma secreta que toda a gente via!
Neste ano marcou apenas 3 golos, mas verdade seja dita que jogou apenas 1150 minutos. 6 jogos completos e 18 incompletos!
Lim esteve mais tarde em Espinho. De realçar que em Espinho foi companheiro de mais uma catrefada de nomes sonantes como Quim (o ponta de lança que parece uma torre parada), Petiz (Não Petit!) , Jojó, Micas, Rochinha, Rolão,Paulo Rola, Moisés, Filó, Osório, Magano, Ferraz, Ginho..
Mais uma vez, se eu fosse relatador da Rádio Espinho, passava os Domingos (que não os Paciencia) a rir.
Grande Lim, assim LIM!
LIM - sim, o LIM - passeou ainda pelo Maia, Gondomar, Moreira de Cónegos e Académica.
Um homem do Norte sem dúvida...
Tão do Norte que hoje trabalha numa fábrica em Ipswich Town! LIM, Yessssssssssss!
Claro, são os colegas de LIM no Gil Vicente, época 96-97. Época fatídica, já lá vão 11 anos! O Gil desceu, mesmo com estes brilhantes jogadores.
Eu se fosse relatador nessa época, na Rádio Galo de Barcelos, não parava de rir!
Vejam só: Vital, passa para Lila, Lila acelera no seu flanco, flecte para Tuck.. a bola sossega no médio, passa para Formoso, este de 1ª para Carlos Coelho, que desmarca Nené Santarém. Nené Santarém rodopia sobre um adversário e passa a Possi. Bem passada a Possi! Possi pode entrar na área, tem Nildo a pedir a bola e remaaaaaaaaaaaaaata! Ao poste.. E na recarga, surge LIM LIM LIM, vai remataaaaaaaaaaar.. e Goooooooooooooolo!!! LIM LIM LIM LIM ... (este som acompanhava com qualidade a música Jingle Bells).
Quem treinava o grande Gil ?? O bigode do Bernardino Pedroto.
O LIM era daqueles pontas de lança mortíferos fora da área.. dentro é que não.
Era a arma secreta que toda a gente via!
Neste ano marcou apenas 3 golos, mas verdade seja dita que jogou apenas 1150 minutos. 6 jogos completos e 18 incompletos!
Lim esteve mais tarde em Espinho. De realçar que em Espinho foi companheiro de mais uma catrefada de nomes sonantes como Quim (o ponta de lança que parece uma torre parada), Petiz (Não Petit!) , Jojó, Micas, Rochinha, Rolão,Paulo Rola, Moisés, Filó, Osório, Magano, Ferraz, Ginho..
Mais uma vez, se eu fosse relatador da Rádio Espinho, passava os Domingos (que não os Paciencia) a rir.
Grande Lim, assim LIM!
LIM - sim, o LIM - passeou ainda pelo Maia, Gondomar, Moreira de Cónegos e Académica.
Um homem do Norte sem dúvida...
Tão do Norte que hoje trabalha numa fábrica em Ipswich Town! LIM, Yessssssssssss!
sábado, outubro 20, 2007
José Gildásio e o seu inteligente diminuitivo
Quando em 1500, Pedro Álvares Cabral avistou "terra chã, com grandes arvoredos ao monte", estaria longe de pensar que nesse preciso momento escancarava os dourados portões da bola lusitana a um magno enxame de futeboleiros brasileiros de qualidade dúbia. Substitução: entra feijão, sai rojão.
Em boa verdade, até se lembrou disso. Dizem que as suas primeiras palavras pós-descoberta foram dirigidas ao grumete Fábiozinho, e demonstravam puro regozijo pelo futuro da sua Académica:
-"Ouve lá, puto!Tira-me esses fones e ouve se não tenho razão...a nossa briosinha é que estava mesmo a precisar de um keeper novo, a ver se levamos um de borla pra lá. Olha aquele aos saltinhos ali, pá. Os gajos até parecem jeitosos. Dá-lhe um colar, que o tipo salta já pró porão. É que aquele Pedro Roma está na baliza desde a semana seguinte à conquista de Lisboa aos Mouros e já anda a ficar velho. Não me cheira que aguente mais uns Séculozitos, pá."
Há quem aponte que a afirmação sobre a longevidade de Roma terá sido algo extemporânea, mas como Álvares Cabral cometeu outro erro ligeiramente maior (tipo confundir o Brasil com a Índia), o pessoal nem se lembra do caso. Ainda bem que existimos para botar o dedo na ferida.
Eis que a foto no canto superior esquerdo do post começa a fazer sentido. O portão estava aberto, cabia ao nosso povo irmão (povo filho não faria mais sentido?) passar para o outro lado. Entre vários dentistas, personal trainers e acariciadores da redondinha, atravessava um rapazolas de olhar esbugalhado e de sonhos bem empacotadinhos na mala. Seu nome era Gildásio. José Gildásio. Sabiamente, decidiu omitir esse facto e adoptar uma espécie de diminuitivo: Gil Baiano. Smart move. E ainda há quem diga que o homem nunca fez nada de jeito. Invejosos.
Chegado a Alvalade para jogar à bola, Gildásio teria que provar ser merecedor das expectativas criadas à sua volta. No Reino da Selva, o Leão não fazia por menos - o título de Rei da Selva, em pertença do Dragão (quem mais?) era o seu primeiro e único objectivo. Para tal, o Big Kahuna Robert "Quem?" Waseige contava com uma pleíade de reforços de qualidade. Nas laterais, Maldini e Cafú eram garantia de classe Mundial. Hm. Não. Esses eram muito caros, portanto os sempre argutos dirigentes leoninos optaram pelo plano B: os clones.
Mal tinha posto os pés no aeroporto da Portela, o croata Balajic já deixara bem claro que o difensore italiano com ele não fazia farinha. Balajic era ravioli, farfalle e fetuccine em simultâneo, bem polvilhado de queijo ralado e regado com um bom verde branco. Talvez demais.
Perante tal demonstração de autoconfiança e consquente fé dos cabecilhas de Alvalade no Maldini dos Balcãs, Gildásio não quis ficar atrás. Auto teceu-se (mais uma expressão nova) loas e prometeu mostrar a sua raça no corredor direito do relvado lisboeta, mas infelizmente nem tudo foram rosas.
O brasileiro estava num patamar diferente dos seus colegas. Ele fazia, Jean-Jaqcues Missé-Missé desfazia. Ele recuperava o melão, Vidigal e Afonso Martins perdiam a melancia.
José Gildásio, qual pombo sem asas, deslizava pela lateral de peito feito - heróico - de cabeça levantada, procurando espaços para fuzilar o pobre goleiro adversário, ou infernizar a vida dos zagueiros oponentes com cruzamentos bem medidos. Mas nada parecia resultar. Cruzar para a cabeça de Paulo Alves, Ouattara e Ramirez é o mesmo que ficar à espera que Paulo Bento não vista uma camisa hilariante na próxima conferência de imprensa: perfeitamente escusado.
Imaginam Miguel Ângelo a pintar o tecto da Capela Sistina, para no dia seguinte vir uma equipa de gajos para pintar "aquela bosta toda de branco, porque dá mais luz"? Era assim que Gildásio se sentia. Desamparado e só. Um Valenciano Miguel em casa numa noite de sexta-feira. Um Bruxo Alexandrino sem a sua trompeta. Um Luisão na selecção brasileira.
Desorientado e inadaptado ao meio que o rodeava, Gildásio cedo se viu relegado para o banco como suplente de Saber, que, como todos sabemos, é o maior desaforo que se pode fazer a um jogador profissional. Assustado perante esta nova realidade tal como o povo português perante um regresso dos Ban, Gil Baiano regressou onde lhe queriam bem. De terras de Vera Cruz não voltou a sair, confortável como o Guilherme Leite num programa de apanhados às 4 da manhã na RTP Memória.
Em boa verdade, até se lembrou disso. Dizem que as suas primeiras palavras pós-descoberta foram dirigidas ao grumete Fábiozinho, e demonstravam puro regozijo pelo futuro da sua Académica:
-"Ouve lá, puto!Tira-me esses fones e ouve se não tenho razão...a nossa briosinha é que estava mesmo a precisar de um keeper novo, a ver se levamos um de borla pra lá. Olha aquele aos saltinhos ali, pá. Os gajos até parecem jeitosos. Dá-lhe um colar, que o tipo salta já pró porão. É que aquele Pedro Roma está na baliza desde a semana seguinte à conquista de Lisboa aos Mouros e já anda a ficar velho. Não me cheira que aguente mais uns Séculozitos, pá."
Há quem aponte que a afirmação sobre a longevidade de Roma terá sido algo extemporânea, mas como Álvares Cabral cometeu outro erro ligeiramente maior (tipo confundir o Brasil com a Índia), o pessoal nem se lembra do caso. Ainda bem que existimos para botar o dedo na ferida.
Eis que a foto no canto superior esquerdo do post começa a fazer sentido. O portão estava aberto, cabia ao nosso povo irmão (povo filho não faria mais sentido?) passar para o outro lado. Entre vários dentistas, personal trainers e acariciadores da redondinha, atravessava um rapazolas de olhar esbugalhado e de sonhos bem empacotadinhos na mala. Seu nome era Gildásio. José Gildásio. Sabiamente, decidiu omitir esse facto e adoptar uma espécie de diminuitivo: Gil Baiano. Smart move. E ainda há quem diga que o homem nunca fez nada de jeito. Invejosos.
Chegado a Alvalade para jogar à bola, Gildásio teria que provar ser merecedor das expectativas criadas à sua volta. No Reino da Selva, o Leão não fazia por menos - o título de Rei da Selva, em pertença do Dragão (quem mais?) era o seu primeiro e único objectivo. Para tal, o Big Kahuna Robert "Quem?" Waseige contava com uma pleíade de reforços de qualidade. Nas laterais, Maldini e Cafú eram garantia de classe Mundial. Hm. Não. Esses eram muito caros, portanto os sempre argutos dirigentes leoninos optaram pelo plano B: os clones.
Mal tinha posto os pés no aeroporto da Portela, o croata Balajic já deixara bem claro que o difensore italiano com ele não fazia farinha. Balajic era ravioli, farfalle e fetuccine em simultâneo, bem polvilhado de queijo ralado e regado com um bom verde branco. Talvez demais.
Perante tal demonstração de autoconfiança e consquente fé dos cabecilhas de Alvalade no Maldini dos Balcãs, Gildásio não quis ficar atrás. Auto teceu-se (mais uma expressão nova) loas e prometeu mostrar a sua raça no corredor direito do relvado lisboeta, mas infelizmente nem tudo foram rosas.
O brasileiro estava num patamar diferente dos seus colegas. Ele fazia, Jean-Jaqcues Missé-Missé desfazia. Ele recuperava o melão, Vidigal e Afonso Martins perdiam a melancia.
José Gildásio, qual pombo sem asas, deslizava pela lateral de peito feito - heróico - de cabeça levantada, procurando espaços para fuzilar o pobre goleiro adversário, ou infernizar a vida dos zagueiros oponentes com cruzamentos bem medidos. Mas nada parecia resultar. Cruzar para a cabeça de Paulo Alves, Ouattara e Ramirez é o mesmo que ficar à espera que Paulo Bento não vista uma camisa hilariante na próxima conferência de imprensa: perfeitamente escusado.
Imaginam Miguel Ângelo a pintar o tecto da Capela Sistina, para no dia seguinte vir uma equipa de gajos para pintar "aquela bosta toda de branco, porque dá mais luz"? Era assim que Gildásio se sentia. Desamparado e só. Um Valenciano Miguel em casa numa noite de sexta-feira. Um Bruxo Alexandrino sem a sua trompeta. Um Luisão na selecção brasileira.
Desorientado e inadaptado ao meio que o rodeava, Gildásio cedo se viu relegado para o banco como suplente de Saber, que, como todos sabemos, é o maior desaforo que se pode fazer a um jogador profissional. Assustado perante esta nova realidade tal como o povo português perante um regresso dos Ban, Gil Baiano regressou onde lhe queriam bem. De terras de Vera Cruz não voltou a sair, confortável como o Guilherme Leite num programa de apanhados às 4 da manhã na RTP Memória.
sexta-feira, outubro 19, 2007
Botende, o Anjo Caído
Antes de mais, cabe-nos realçar que isto é um repost. Sim, acabamos de inventar uma alternativa pomposa para copy-paste. E hélas, aussi em inglês!
E a razão deste re-post é uma generosa oferenda por parte de uma caridosa alma. Calma, ainda não estamos a falar da carinhosa relação Botende/Barroso, mas antes de uns cromos sui generis ofertados pelo nosso compincha villar. Para ele, um De La Sagra fresquinho.
Adicionámos portanto uma nova imagem do mítico keeper insular a este post já antiguinho. Imagem essa que realça a sua propensão para ser um gajo altruísta que cai do céu para salvar pessoas de boa fé em momentos complicados. Ou isso, ou o clube dele não tinha dinheiro para equipamentos, e os jogadores eram obrigados a trazer fantasias de super-heróis para os jogos.
De qualquer forma, seja ele Superhomem, Homem-Aranha ou Zorro, aqui fica o repost:
"90 minutos.
90 minutos mudam vidas. 90 minutos transformam-nos como pessoas.
Em 1996, nas Antas,viveram-se 90 minutos que iriam mudar as vidas de todos os presentes. Um anjo desceu à terra.
Seu nome era Botende, e surgiu de forma tão inesperada como inevitável. A noite estava fria, desconfortável. Os poucos adeptos sentados nas frias bancadas das Antas estavam cinzentos. A sua equipa jogava mal, estava perra. A velocidade velocipédica de Jardel não resovia. A técnica estrondosa de veludo de Paulinho Santos não abria espaços. A segurança de João Manuel Pinto não era a costumeira. A juventude fresca e irreverente de João "Broas" Pinto estava toldada pelo frio.
Eis que um anjo desceu ao relvado. Muitos viraram a cara, não se apercebendo tratar-se de um milagre, um presente dos céus. Barroso não. O motor a diesel do meio campo tripeiro, sempre arguto e sagaz, tomou atenção. Apertou a mão ao destino e agradeceu o Maná dos Céus. Agradeceu Botende.
José Barroso cerrou os dentes, apertou os punhos e chutou. Para as couves. "Não faz mal, carai", pensou ele. Afinal, até é costume. Nova tentativa. "Desta vez vai em jeito, camandro", disse José. José parte para o esférico, qual Platini de azul-e-branco vestido. Penteou suavemente a bola, como uma criança comendo algodão-doce. "Catano", pensaram as bancadas cinzentas.
A bola vai direitinha ao centro da baliza, precisamente em direcção ao anjo Botende. Botende dá um passo atrás, e convida a bola a anichar-se no fundo das redes, como um bom anfitrião. Golo.
José Barroso, um homem de fé, agradece.
Segunda parte. Barroso está longe da baliza. Porém, toma uma decisão. O pé-canhão voltará à acção. Mas José não aponta à gaveta. José aponta ao centro da baliza, em direcção a Botende, que descera dos céus para alegrar a multidão.Golo. A bola passa por baixo das mãos douradas de Botende.
Dois carimbos na Carta Magna da Carreira do Anjo Zairense. Botende já alegrara a malta. Agora queria diverti-la. Sempre um bonacheirão, este Botende. Passa o resto do desafio a defender bolas vindas dos apanha-bolas, porque estes (porque não???) também deveriam ter oportunidade de brilhar.
Botende teve 90 minutos para brilhar na sua carreira em Portugal. Sorveu o suco da vida nesses 90 pedacinhos de céu. Beberricou o néctar dos Anjos. Trouxe alegria e felicidade ao povo que o contemplava atónito. Menos aos que vinham da Madeira, claro.
Mas mesmo esses levaram para casa algo que recordar.
Obrigado, Anjo Caído. A tua memória vive dentro de cada um de nós."
link do 2º golo disponível aqui
(atenção - qualidade tão duvidosa como a de Marcos Alemão)
terça-feira, outubro 09, 2007
Sousa Cintra, o Chefão.
Depois de visionar atentamente esta pérola perdida no youtube, uma questão assalta-me violentamente, qual rombo causado por um livre de Formoso na rede adversária:
-Mas o que é que aqueles charutos têm?...
O Ser Humano não se ri assim. Bicho Homem, revolta-te.
"É penálte!penálte!Limpissimooooooooooo!"
De qualquer forma, ver Sousa Cintra motivar o seu plantel, qual tele-evangelista de trazer por casa, é um pequeno tesouro. Bem como a sua relação de Pai/Filho com o jogador Careca. Será por causa do nome?
Um Bem Haja a todos, e lembrem-se: Usar dois telefones em simultâneo dá saúde e faz crescer(não falamos do cabelo, claro).
sábado, outubro 06, 2007
Brilha de novo, Barça do Tâmega!
Saudoso Barça do Tâmega, recente vítima de um azul saco, náufrago sem tempo afundando-se num crepúsculo de bravos oceanos. Momentos de quasi-glória de negro vestido, sinal de luto pela queda de mais uma manilha do esférico jogo, disfarçado de mero peão num jogo de interesses.
Também tu, qual Marco, tiveste o teu Avelino, e não foi endereçado pelo correio. Extinção sem aviso de recepção e com remetente desconhecido.
Sofreste tu, mágico pupilo do colosso catalão, mas sofremos também nós. Sem a tua graça e suplesse sobre o tapete, os aplausos perdem-se por entre densas névoas de efervescentes recordações tornadas penosas diante a inexorável marcha do tempo. E assim nos encontramos, orfãos de vultos sebastiânicos convertidos em ícones fossilizados na memória colectiva de um povo enlutado, abandonado pela esperança e visitado pelo desespero.
Quais ícones, perguntais vós?
Começemos pelo Sagrado. Pedra basilar da sociedade moderna, basilar pedra do FC Felgueiras no auge das suas desventuras primodivisionárias. Santíssima Trindade Tobaguenha, tornada sacrossanta por três aristocráticos nomes com laivos de arrogância britânica, filhos bastardos da monárquica diáspora inglesa. Clint Sherwin Marcelle, Leonson Edward Jeffrey Lewis e Earl Jude Jean, sendo que o último só se juntou aos dois primeiros no decorrer das calendas de 1995 e 1996.
[EDIT] Doravante, EJJ será deliciosamente omitido do resto do post, dado tratarmos apenas e só da época anterior. [PRESS DELETE]
A Santíssima Trindade de Dois (meu dito, meu feito) foi o emblema do clube tornado mártir na supracitada belle epoque de '94-'95. Clint estava para Lewis como Trindade para Tobago. Como José para Cid ou D. Duarte Pio para Bragança.
A equação era perfeita. Tal qual inadvertida emulação de anúncio de jornal, avançado grande procura avançado pequenino. Pretende-se cara-metade que nos complete, fortaleça e nos faça sentir indivisíveis.
Do alto dos seus 1,85m, Leonson Lewis era a coisa mais próxima do altar numa equipa orientada por Jesus. Soca Warrior da mais fina estirpe, LL desentupiu a sanita do nulo por quinze vezes durante a epopeia de 94-95. Quinze demonstrações da sua possante habilidade para manusear o desentupidor de resultados, quinze descargas no autoclismo das emoções viradas do avesso.
Clint Sherwin Marcelle, o seu fiel sidekick, não alinhava pelo mesmo diapasão. Aliás, nem gostava de votar os seus tímpanos à audição das alegres cançonetas de Marante. Talvez por isso fosse tão útil diante de um guardião adversário como um pente numa concentração de skinheads. O brilhante total de zero golos na defunta Primeira Divisão é um bom apontamento de humor, mas não faz juz à sua melosa história de amor com o couro. O diminuto avançado Tobaguenho poderia não chegar à prateleira de cima, mas 1,67m carregados de amor e violento afecto pela mais bela arte do joker ofensivo não poderão nunca ser dispensados.
Kristic, o Sérvio, fazia do Mundo o seu quintal. Este verdadeiro Globetrotter da bola, era semelhante aos americanos da bola laranja em quase tudo, tirando a parte do espectáculo, das vitórias, do reconhecimento, da aura mágica e da fantástica habilidade técnica. Mas era viajado.
Viagem era o nome do meio de Sérgio. Só que o seu quintal eram as divisões secundárias. Lixa, Guarda, Lisboa, Marco, Torres Vedras, Paredes e Valpaços foram paragens obrigatórias no comboio do amor. Podemos não nos lembrar dele dentro de campo, mas este brasileiro do Recife semeou o seu charme pelos frondosos campos e aldeias do nosso Portugal, seduzindo as moças lusitanas como se não houvesse amanhã. O seu segredo? Mestre da arte do look Ramón, alicerçado num bigode pensado, olhar inquisitivo, tez morena e um bravio penteado que gritava aos sete ventos "soltem-me!", como um negro corcel aprisionado num fedorento estábulo.
Fedorento é também um bom adjectivo para descrever o equipamento de Lopes. Juntamente com piroso, foleiro, torpe, desagradável, disforme, mal-parecido, desproporcionado ou desagradável.
Lopes da Silva, abraçando agora uma nova fase da sua ilustre carreira, mostra-se ao Mundo como o Mourinho de Bragança, arrastando multidões para o palco dos sonhos brigantino, actor principal de uma peça onde é figurante e contra-regra, argumento e argumentista, produção e produtor. Em Felgueiras demonstrava já apetência pela liderança, sendo o imperial impermeabilizador de uma aquática linha defensiva e o orgulhoso portador de um autoritário bigode, manifestação capilar de um inequívoco cabecilha.
O Crisanto e o Franc só são para aqui chamados por causa do nome, claro. Parecem bailarinas do Big Show SIC. Francamente. Crisanto e Franc? Francamente.
Arrotado por
Anónimo
12
Cacciolis
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